Levaste todos os livros
Exceto aquele que eu sou.
Pegaste em mim cuidadosamente
Com a curiosidade a brilhar nos teus olhos.
Abriste-me, leste-me na diagonal e,
Apesar de te ter parecido aborrecido,
Prometeste voltar para uma leitura mais atenta.
Suavemente pousaste-me no balcão,
Sem ninguém a atender os pedidos
Deixaste-ms aberto na exata página
Em que a minha história se tornava interessante.
E vi-te sair carregado de caixas cheias
De livros, quando aahele que mais te
Iria extasiar era aquele que deixavas
Para trás.
O pó acomula-se sobre as minhas páginas
E quando voltares
(Porque ainda espero que voltes)
Vais ter que me limpar e restaurar
Antes de me leres.
A não ser que me atires para a tua estante
E te voltes a esquecer de mim.
(2 de novembro de 2017)
Sem comentários:
Enviar um comentário